Benvindos
Este é o local onde me proponho partilhar consigo a forma como sinto a cozinha. A influência da comida da minha mãe e a paixão pela dieta mediterrânea estão presentes em quase todas as receitas que fui preparando ao longo dos meus Domingos, sempre cheios de sabor.

Welcome
This is the place were i intend to share with you my feelings about food. My mother's lovely cooking and a passion for mediterranean diet give soul to all this recipes i have been cooking. In my kitchen, every Sunday is full of flavor.

Carlos Balona Gomes

09 August 2010

SANGRIA É CELEBRAÇÃO

Sangria é Celebração! Porquê?
Porque o meu filho nasceu há um mês e nós estamos verdadeiramente felizes;
Porque a base deste blog, a coluna “Cookingtimes” do Macau Daily Times celebra o seu segundo aniversário;
Porque é Verão e é hora celebrar a vida com uma bebida bem latina e bem refrescante.
Mais que suficiente, penso eu!

Sobre a Sangria:
Trata-se de uma bebida de origens humildes que conta já com séculos de existência. O seu nome terá origem, com elevado grau de probabilidade, na palavra espanhola “sangre” (sangue) pela óbvia comparação da cor do vinho tinto com o fluido que corre nas nossas veias ou com o “sangre de toro” que é derramado nas arenas das touradas que têm lugar tradicionalmente nas tardes de Verão em toda a Espanha e Portugal.
A Andaluzia, no Sul de Espanha, é apontada consensualmente como local de origem desta refrescante bebida que rapidamente adquiriu popularidade em todo o Sul da Península Ibérica, incluindo o Alentejo, onde o calor aperta e a sede desperta!
Alguns entendidos na matéria apontam Pamplona como a correcta origem da Sangria, reclamando para esta cidade a receita original deste maravilhoso refresco. Seja como for, o local de origem não é o facto mais importante considerando que hoje em dia conseguem-se encontrar por todo o mundo milhares de diferentes receitas de Sangria, adaptadas aos ingredientes locais ou aos diferentes paladares dos seus autores.
Respeitando 4 ingredientes básicos (vinho tinto, fruta, açúcar e um destilado), pode criar a sua própria Sangria, buscando sempre o ponto de equilíbrio entre os níveis de acidez e de doçura da bebida.
Embora alguns puritanos preparem previamente uma pasta com fruta, açúcar e um destilado, geralmente aguardente, que deixam a fermentar, apenas adicionando o vinho um dia depois, eu prefiro uma Sangria pronta a beber, misturando todos os ingredientes de uma vez, deixando a Sangria a repousar durante uma hora no frigorífico, adicionando-lhe cubos de gelo no momento de servir.
Em minha opinião deve usar um vinho de boa qualidade tendo em conta que o sabor do vinho deve prevalecer sobre os demais ingredientes. Essa é a principal razão pela qual a minha receita habitual de Sangria é intencionalmente pouco elaborada, de forma a manter o sabor original do vinho tinto nesta perfeita bebida de Verão. Celebremos!

VAI PRECISAR DE (por garrafa de vinho):
1 garrafa de vinho tinto – 750ml;
200 ml de gasosa (7up, sprite, etc.);
3 laranjas;
2 limões;
1 maçã verde;
100 gr de açúcar mascavado;
50 ml de Vinho do Porto;
30 ml de Gin;
1 a 2 paus de canela;
2 a 3 hastes de hortelã fresca;
Cubos de gelo.

MÉTODO:
Lave a fruta muito bem tendo em conta que a vai usar com casca;
Sem descascar, corte 1 limão, 1 laranja e a maçã em pequenos triângulos. Retire todos os caroços;
Envolva os pedaços de maçã no sumo do outro limão por forma a evitar a sua oxidação;
Numa taça, envolva toda a fruta com o açúcar;
Adicione-lhe o Vinho do Porto e o Gin e envolva novamente;
Num jarro de servir com cerca de 2 litros de capacidade combine a mistura de frutas com o vinho, a gasosa, o sumo das 2 laranjas, os paus de canela e as hastes de hortelã. Envolva tudo muito bem, até que o açúcar se dissolva completamente;
Deixe a Sangria a repousar e refrescar no frigorífico durante uma hora ou até ao momento de servir;Sirva em copos grandes com cubos de gelo, decorando de acordo com a sua imaginação e criatividade.

Publicado por Rua das Mariazinhas*, em 09.08.2010
*Programa radiofónico da Rádio Macau, realizado por Helder Fernando e Jorge Vale.

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